sábado, 29 de junho de 2013



Proteínas biônicas darão origem a nanomáquinas e nanorrobôs



Físicos da Universidade de Viena, na Áustria, afirmam estar com tudo pronto para criar as primeiras proteínas sintéticas, nanomáquinas capazes de executar as principais atividades das proteínas biológicas.

Fazendo uma engenharia reversa de proteínas vivas, eles criaram uma receita detalhada do primeiro sistema inteiramente artificial que imita uma proteína.

Essas "proteínas biônicas" poderão revolucionar o desenvolvimento de medicamentos, criando efetivamente nanomáquinas capazes de entrar no corpo humano para desempenhar funções específicas.

Máquinas moleculares

As proteínas são elementos essenciais de todos os organismos vivos que conhecemos atualmente.

Devido ao grande número e complexidade dos processos biomoleculares que elas desempenham, as proteínas são muitas vezes chamadas de "máquinas moleculares".

Tome como exemplo as proteínas nos músculos: a cada contração estimulada pelo cérebro, um incontável número de proteínas muda suas estruturas para criar o movimento multicelular que resulta na contração do músculo.

E esse processo é realizado por moléculas que medem apenas um nanômetro, uma dimensão inalcançável mesmo para os nanorrobôs da ficção científica.

Proteína biônica

Ivan Coluzza e seus colegas apresentaram agora o primeiro sistema biomimética totalmente artificial que é capaz de imitar espontaneamente o enovelamento - ou dobramento - das proteínas, que as torna capazes de executar diversas funções.

Usando simulações de computador, os pesquisadores fizeram uma engenharia reversa das proteínas, concentrando-se nos elementos-chave que lhes dão a capacidade de executar o programa escrito em seu código genético para assumir um formato específico.

De posse desse roteiro detalhado, a equipe agora se prepara para fabricar as primeiras proteínas biônicas em laboratório usando nanopartículas funcionalizadas.

As nanopartículas serão ligadas em cadeias seguindo uma sequência determinada pelas simulações de computador, de tal modo que as proteínas artificiais dobrem-se nas formas desejadas.

Essas nanoestruturas enoveladas poderão ser utilizadas como veículos carreadores para administração de medicamentos, ou como catalisadores mais estáveis, similares às enzimas.







Marte teve oxigénio muito antes da Terra !

De acordo com investigadores do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Oxford, no Reino Unido, Marte teve uma atmosfera rica em oxigênio muitos milhões de anos antes da Terra.


Os investigadores concluíram que o planeta vermelho teve uma atmosfera rica em oxigênio há quatro Bilhões de anos, cerca de 1,5 mil milhões de anos antes da Terra. O
estudo foi publicada na revista Nature.

Tal conclusão emergiu da comparação entre meteoritos do planeta vermelho que caíram na Terra e rochas de Marte examinadas pelo robô Spirit da NASA.

As diferenças entre as amostras são explicadas pelos peritos com o fato de ter existido uma elevada quantia de oxigênio em Marte há quatro Bilhões de anos atrás.

De fato, as rochas analisadas pelo Spirit apresentaram marcas de exposição ao oxigênio, antes de terem sido deslocadas para o interior de Marte e depois expulsas por erupções vulcânicas.

Já os meteoritos que caíram na Terra tinham origem vulcânica, tendo sido gerados no interior do planeta vermelho, onde terão sido menos expostos ao oxigênio.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Inundação em Marte


Há milhões de anos o clima em Marte devia ser bem diferente. Provavelmente com uma atmosfera mais densa, o efeito estufa mantinha a temperatura em níveis mais altos, podendo manter a água em estado líquido em sua superfície. Com isso, verdadeiros rios deveriam existir em sua superfície.
Mas será mesmo? Diversas evidências apontam para isso e uma delas foi estudada em detalhes pela sonda Mars Express da Agência Espacial Europeia (ESA na sigla em inglês). Essa semana, a agência divulgou as imagens em alta resolução de um acidente geográfico marciano batizado de Vale Kasei, um dos maiores sistemas de canais de Marte, com 3 mil km de extensão e uns 3 km de profundidade.
O canal se origina no Vale Mariner, um dos maiores vales do Sistema Solar, formado por uma rede de cânions com mais de 4 mil km de extensão, uns 200 km de largura e até 7 km de profundidade. A sua origem é um tanto controversa, com teorias que vão desde o fluxo de água corrente, até fraturas das camadas superficiais do relevo marciano. É mais provável que uma combinação de várias causas deve formado um vale tão impressionante como esse.
Já o Vale Kasei mostra claramente ter sido formado por um fluxo bem volumoso de água. Ele se divide em dois braços que contornam uma área, uns 2 km acima do leito do vale, como uma grande ilha chamada de Sacra Mensa. Essa ilha resistiu à erosão da água e todo o seu entorno foi escavado pelo fluxo de água corrente.
Já mais abaixo, a água literalmente apagou a borda sul de uma cratera de 100 km de diâmetro que estava em seu caminho, tamanho deveria ser o seu volume. Mas nessa imagem, é possível notar que em outros pontos o fluxo de água contornou alguns obstáculos pelo caminho, conforme o fluxo foi se dispersando.
A semelhança com os rios terrestres é muito grande, mas nesse caso marciano a origem dessa água toda deve ter sido muito diferente. Imagina-se que o fluxo de água que causou essa inundação catastrófica literalmente brotou do solo, depois que a atividade tectônica fraturou a superfície de Marte e fez a água surgir do subsolo há mais de 3 bilhões de anos. Para aumentar ainda mais o volume de água corrente, a atividade vulcânica derreteu o gelo e a neve nas proximidades. Finalmente, glaciações sucessivas deram a forma final dos canais.
Depois que a fonte secou e a água se foi, crateras de impactos mais recentes e dunas de areia formadas pelo vento deram o toque final ao cenário. Hoje um panorama silencioso ao sabor dos ventos, só podemos imaginar num cenário de rios caudalosos e enxurradas gigantescas escavando o terreno, tal como os rios na Terra.
Crédito: Agência Espacial Europeia (ESA)

A anã acordou?

Nosso Sol (e outras estrelas do mesmo tipo) tem um ciclo periódico de atividade magnética muito bem conhecido. Com o passar dos anos, verificamos que sua atividade vai aumentando, com a aparição de um número cada vez maior de manchas até atingir um período de máximo. As manchas são apenas uma parcela das evidências do ciclo, com elas vêm as tempestades solares, explosões e ejeções de massa coronal. Durante esse período, sempre haverá algum tipo de atividade, nem que seja apenas uma mancha. Depois de atingir esse máximo, observamos um declínio no número de manchas (e todos os outros processos ligados à atividade magnética) e mês a mês o Sol caminha para um mínimo. Chegando nessa fase, o número de manchas cai muito, é possível que o Sol fique meses sem mostrar uma manchinha sequer.
O intervalo entre dois máximos (ou dois mínimos) determina o período do ciclo solar, que soma, na média, aproximadamente 11 anos. O ciclo solar é conhecido e acompanhado já há mais de 200 anos, mas há registros dele há milhões de anos. É que o ciclo solar influencia o clima da Terra de maneira muito importante. A variação periódica do número de manchas tem efeito no ciclo de chuvas e, portanto, nas taxas de crescimento de árvores. Com chuva em abundância, a árvore cresce, produzindo anéis largos no interior do seu tronco. Nos períodos de seca o efeito é o inverso, produzindo anéis mais estreitos. Esses anéis podem ser contados em árvores petrificadas e, até onde já se chegou, uns 220 milhões de anos atrás, o período do ciclo continua o mesmo, com pouca variação.
Atualmente o Sol está no ciclo 24, que deve ter começado em janeiro de 2008. Não há precisão absoluta para determinar o início e o fim desses ciclos, com vários critérios para adotar essas datas. O problema do ciclo atual é que o mínimo do ciclo 23, que marcaria seu fim e o início do ciclo 24, foi tão, digamos, mínimo que é difícil determinar quando a atividade solar começou a aumentar. No ciclo 23, o Sol ficou 821 dias sem uma única mancha sequer, sendo um dos ciclos com menor atividade já registrado desde o ciclo 14, entre 1902 e 1913, durante o chamado mínimo de Dalton.
Baseado em todos os ciclos registrados e em modelos de atividade solar, o máximo do atual ciclo foi previsto para ocorrer por volta de maio deste ano. Ocorre que esqueceram de combinar com o Sol e, até agora, se for para apontar o máximo através da simples contagem de manchas, ele já ocorreu em dezembro de 2011! Que a determinação destes pontos de máximo e mínimo seja controversa e que haja alguma discussão acerca deles, tudo bem, mas uma discrepância dessas em mais de um ano é mais do que diferença entre critérios.
Depois deste pico no número de manchas em outubro de 2011, o número permaneceu mais ou menos constante, mas ainda muito abaixo do esperado e, pior, com uma profunda queda em fevereiro passado. Mas desde então o número de manchas tem aumentando sistematicamente, e maio foi o mês com o maior número de manchas deste ano, equiparando-se ao valor de agosto de 2011, que era para ser baixo. Uma possível explicação é que o Sol terá um máximo de atividade com pico duplo, ou seja, uma alta contagem registrada em maio de 2011 e outra que pode ter sido em maio último, mas que pode ser ainda nos próximos meses. Só saberemos quando os números de junho e julho forem contabilizados.
Mas, como testemunha de que o Sol está ainda em atividade intensa, no dia 25/06 surgiu um buraco coronal nele. Buracos coronais são eventos em que o campo magnético se abre, permitindo que o vento solar escape. Esse vento é um fluxo de partículas carregadas, principalmente prótons e elétrons.
Como o buraco coronal se abriu sobre o equador do Sol, o fluxo agora está apontado diretamente para nós. O fluxo de partículas deve chegar na Terra neste sábado ou domingo, provocando auroras em regiões de alta latitude. Apesar de ser um buraco muito grande o Sol estar em seu período de máximo, a chance de haver explosões solares intensas é muito pequena.

27 June 2013 ESA’s billion-star surveyor, Gaia, has completed final preparations in Europe and is ready to depart for its launch site in French Guiana, set to embark on a five-year mission to map the stars with unprecedented precision.
Gaia’s main goal is to create a highly accurate 3D map of our Milky Way Galaxy by repeatedly observing a billion stars to determine their precise positions in space and their motions through it.
Other measurements will assess the vital physical properties of each star, including its temperature, luminosity and composition.
The resulting census will allow astronomers to determine the origin and the evolution of our Galaxy.
Gaia will also uncover tens of thousands of previously unseen objects, including asteroids in our Solar System, planets around nearby stars, and exploding stars – supernovas – in other galaxies.
“Gaia will be ESA’s discovery machine,” says Alvaro Giménez, ESA’s Director of Science and Robotic Exploration.
“It will tell us what our home Galaxy is made of and how it was put together in greater detail than ever before, putting Europe at the forefront of precision astronomy.
“Gaia builds on the technical and scientific heritage of ESA’s star-mapping Hipparcos mission, reflecting the continued expertise of the space industry and the scientific community across Europe.
“It’s extremely rewarding to see the next generation of our high-precision observatories built and ready to answer fundamental questions about the cosmos.”
Gaia mapping the stars of the Milky Way
Gaia will be launched later in 2013 on an Arianespace Soyuz rocket from Europe’s Spaceport in Kourou, French Guiana, and will map the stars from an orbit around the Sun, near a location some 1.5 million km beyond Earth’s orbit known as the L2 Lagrangian point.
During its five-year mission, the spacecraft will spin slowly, sweeping its two telescopes equipped with the largest digital camera ever flown in space – with nearly a billion pixels – across the entire sky.
Gaia will measure a billion stars, roughly 1% of all the stars spread across the Milky Way.
As Gaia moves around the Sun, it will repeatedly measure the position of each star, allowing it to determine the distance through a perspective effect known as parallax.
Combined with the other measurements, these data will equip astronomers with the information they need to reconstruct the history of the Milky Way.
The mission will also discover new asteroids in our own Solar System and planets orbiting around other stars.
Gaia should even be able probe the distribution of dark matter, the invisible substance that is detected only through its gravitational influence on celestial objects.
It will test Einstein’s General Theory of Relativity by watching how light is deflected by massive objects like the Sun and its planets, as well as other stars.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Uma breve história da astronomia

Ainda na pré-história, o homem percebeu que os astros se movimentavam em ciclos regulares que coincidiam com fenômenos da natureza, como mudanças climáticas, períodos de colheita, cheias de rios, secas e marés.

Monumento de Stonehenge, no sul da Inglaterra, construído na pré-história para a observação de fenómenos astronômicos.
O estudo do movimento dos astros, para prever e se antecipar a estes fenômenos, aumentou as chances de sobrevivências destas populações primitivas, tornando a astronomia ("lei das estrelas", em grego) um estudo obrigatório nesta época e, portanto, uma das ciências mais antigas da humanidade.

Por desconhecer a natureza dos astros, várias culturas acreditavam que estes eram deuses ou espíritos que realmente manipulavam a natureza para produzir estes fenômenos, mas que, para tanto, deveriam ser reverenciados em rituais religiosos que, em algumas culturas, envolviam até sacrifícios humanos. Acredita-se, portanto, que os primeiros astrônomos eram sacerdotes, que acreditavam também que eventos astronômicos poderiam influenciar a vida das pessoas, os relacionamentos pessoais, sucessões de governantes e até guerras, fazendo com que esta astronomia primitiva se confunda com o que chamamos hoje de astrologia.

Os gregos da antiguidade já haviam desmistificando a natureza dos astros e, apenas com observações a olho nu e cálculos matemáticos, descobriram que o nosso planeta é esférico, que orbita o Sol, calcularam o seu tamanho e as suas distâncias da Lua e do Sol. Mas estas e muitas outras descobertas ficaram praticamente esquecidas até o final da Idade Média, sendo redescobertas apenas a partir da Renascença, mais de mil e quinhentos anos depois.

A partir dos últimos cinco séculos, a Física passou a ser utilizada para explicar os movimentos dos astros, o que revolucionou o nosso entendimento do funcionamento do Universo e criou os alicerces da Física Moderna. No início do século XX, a publicação da Teoria da Relatividade produziu profundas modificações na Física e possibilitou novas descobertas sobre as leis fundamentais do Universo.

A descoberta de formas de luz invisíveis aos nossos olhos (como os raios-X, raios gama, ondas de rádio, microondas, radiação ultravioleta e a radiação infravermelha) e de que estas também trazem informações de todo o Cosmos, forçou uma divisão da Astronomia observacional de acordo com a forma de luz observada (faixa do espectro eletromagnético), em Astronomia Ótica (luz visível), Astronomia infravermelha (comprimentos de onda maiores que o da luz vermelha), Radioastronomia (ondas de rádio) e Astronomia de altas energias (comprimentos de onda mais energéticos que a luz visível), que utilizam instrumentos específicos para a captação de cada forma de luz.

A revolução tecnológica da segunda metade do século XX possibilitou a construção instrumentos cada vez mais potentes e precisos, que fez o conhecimento astronômico evoluir mais nestes últimos cinqüenta anos do que nos cinco milênios de toda a sua história. A partir deste momento, a Astronomia sofre tal mudança nos seus métodos, que deixa o seu aspecto de ciência de observação para se tornar, também, uma nova ciência experimental, onde aparecem inúmeros ramos, como a Astrometria, que trata da determinação da posição e do movimento dos corpos celestes, a Mecânica Celeste, que estuda o movimento dos corpos celestes e a determinação de suas órbitas, a Astrofísica, que estuda as propriedades físicas dos corpos celestes, a Astronomia Estelar, que se ocupa da composição e dimensões dos sistemas estelares, e a Cosmologia, que estuda a estrutura do universo como um todo.
New Horizons mantém plano de voo original para Plutão

Depois de um intenso estudo de 18 meses para determinar se a sonda New Horizons da NASA poderia enfrentar impactos potencialmente destrutivos durante a sua passagem planjeada para 2015 pelo sistema planetário duplo de Plutão, a equipe da missão decidiu "manter o rumo", pois o perigo que a poeira e os detritos representam é muito menor do que se temia.

Esta imagem, obtida pelo Telescópio Hubble, mostra cinco luas em órbita do distante e gelado planeta anão Plutão. Créditos: NASA, ESA, M. Showalter, Instituto SETI
O estudo de avaliação foi realizado porque descobriu-se que o sistema de Plutão é muito mais complexo - e, portanto, ainda mais cientificamente interessante - depois da New Horizons ter sido lançada em Janeiro de 2006 a partir de Cabo Canaveral, na Flórida, EUA.

Há dois anos, cientistas que usavam o Telescópio Espacial Hubble descobriram duas novas luas em órbita de Plutão, perfazendo um total de cinco luas! Temia-se que os detritos que atingissem as luas pudessem criar perigosas nuvens de poeira, que por sua vez podiam atingir e danificar a sonda à medida que passava por Plutão a velocidades de mais de 48.000 km/h em Julho de 2015.

"Nós descobrimos que a perda da missão New Horizons devido a impactos de poeira é muito improvável, e esperamos seguir a linha temporal da missão que temos vindo a aperfeiçoar ao longo dos últimos anos," afirma Hal Weaver, cientista do projeto New Horizons, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins.

Depois de tanto a equipe como um conselho de revisão independente e da NASA terem exaustivamente analisado os dados, determinou-se que a New Horizons tem apenas 0,3% de hipótese de ser destruída por um evento de impacto usando a trajetória atual.

A probabilidade de 0,3% de perda da missão é muito menor do que as estimativas anteriores. Esta é realmente uma boa notícia, porque a equipe pode concentrar a maioria dos seus esforços no desenvolvimento do plano científico do voo rasante, quando a New Horizons passar a aproximadamente 12.500 km da superfície de Plutão.

Plutão forma um sistema de "planeta duplo" com Caronte, a sua maior lua. Caronte tem metade do tamanho de Plutão. Mas a equipe ainda vai gastar algum tempo a desenvolver trajetórias alternativas - conhecidas como SHBOTs (Safe Haven by Other Trajectories), apenas no caso de surgirem novas informações a partir das observações da câmara da sonda, que forçariam uma mudança de planos à medida que a New Horizons se aproxima cada vez mais de Plutão.

"Ainda assim, estaremos prontos com duas linhas de tempo alternativas, no caso do risco de impacto acabar por ser maior do que pensamos," afirma Weaver. De fato, a equipe liderada pelo pesquisador principal Alan Stern, do Instituto de Pesquisa do Sudoeste, está este mês finalizando o plano de encontro e espera realizar um ensaio em Julho do segmento mais crítico de nove dias da trajetória inicial de "flyby".

A New Horizons irá realizar o primeiro reconhecimento de Plutão e Caronte em Julho de 2015. O "planeta duplo" é o último planeta (agora anão) do nosso Sistema Solar a ser visitado por uma sonda da Terra.

E a New Horizons não se deixa ficar por Plutão. O objetivo é explorar um ou mais dos gelados objetos da Cintura de Kuiper. A equipe irá usar a passagem por Plutão para redirecionar a New Horizons para um KBO (Kuiper Belt object) que ainda está para ser identificado.

Fonte: NASA (Agência espacial americana)

quarta-feira, 26 de junho de 2013



Carl Sagan " O PLANETA DOS IDIOTAS "
Estudo revela novos dados sobre funcionamento dos buracos negros

O Observatório Austral Europeu (ESO, na sigla em inglês) anunciou nesta quinta-feira a descoberta de um buraco negro no qual parte do pó circundante é repelido em forma de ventos frios, o que põe em xeque as atuais teorias e revela como estas regiões evoluem e interagem com seu entorno.

Com a ajuda do telescópio VLT do ESO, situado no deserto de Atacama (Chile), uma equipe de cientistas pôde observar que o pó que rodeia o gigantesco buraco negro do centro de uma galáxia ativa não se encontra sozinho nessa área circundante como era de se esperar, mas que parte do mesmo é repelido e se encontra em cima e embaixo dela.

Ao longo dos últimos 20 anos, os astrônomos do ESO descobriram que quase todas as galáxias têm um enorme buraco negro em seu centro, alguns dos quais crescem atraindo matéria de seu entorno e criam, durante o processo, o objeto de maior energia do universo: os núcleos de galáxias ativos (AGN, em inglês).

As regiões interiores destas brilhantes regiões são rodeadas por um anel em forma de rosca composto de pó cósmico arrastado do espaço circundante, algo similar ao que acontece quando a água forma um pequeno redemoinho ao redor de um ralo. Até agora, os cientistas achavam que a maior parte da forte radiação infravermelha que provinha dos AGN se originava nessa área.

Como explica o autor principal do artigo que apresenta estes novos resultados, Sebastian Hönig, se trata da primeira vez que se pôde combinar observações detalhadas no infravermelho médio do pó frio que rodeia um AGN, com observações de quase mesma precisão do pó muito quente.

O pó recentemente descoberto forma uma corrente de vento frio que sai do buraco negro e que, supõem, deve ter um papel importante na complexa relação existente entre o buraco negro e seu entorno.

O buraco negro satisfaz seu insaciável apetite se alimentando do material circundante, mas a intensa radiação que este processo produz também parece estar expulsando material, embora não seja muito clara a forma como estes dois processos se juntam para permitir que os buracos negros supermassivos cresçam e evoluam no interior das galáxias.

O passo seguinte, disse Hönig, é a colocação em funcionamento do Matisse, um instrumento de segunda geração que permitirá combinar os Telescópios Unitários do VLT de uma vez só e observar simultaneamente o infravermelho próximo e o infravermelho médio, proporcionando assim dados muito mais detalhados.

   
 Nasa divulga imagem de interação entre galáxias
A agência espacial americana divulgou uma imagem capturada pelo telescópio espacial Hubble que mostra a interação entre duas galáxias. As dupla, conhecida como Arp 142, é formada pelas galáxias NGC 2936 e pela NGC 2937 e fica na constelação de Hydra.

A galáxia que lembra o formato de um pássaro era originalmente uma galáxia em espiral comum, mas ganhou esse formato por causa da interação com a galáxia que está ao lado.

• Astrônomos descobrem 'super-Terras' habitáveis em estrela próxima


Uma equipe de astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) descobriu um sistema com pelo menos seis planetas em torno da estrela de baixa massa Gliese 667 C - a uma distância de apenas 1/20 da existente entre a Terra e o Sol.

Impressão artística mostra uma vista do exoplaneta Gliese 667Cd em direção à sua estrela progenitora. Foto: ESO/M. Kornmesser / Divulgação, Três desses planetas são "super-Terras" orbitando em torno da estrela em uma região onde a água pode existir sob forma líquida, o que torna estes planetas bons candidatos à presença de vida. Este é o primeiro sistema descoberto onde a zona habitável se encontra repleta de planetas.

Em termos astronômicos, Gliese 667C encontra-se muito próxima da Terra - na vizinhança solar, muito mais próximo do que os sistemas estelares investigados com o auxílio de telescópios espaciais tais como o caçador de planetas Kepler. Estudos anteriores descobriram que a estrela acolhe três planetas, um deles na zona habitável.

Agora, uma equipe de astrônomos liderados por Guillem Anglada-Escudé da Universidade de Göttingen, Alemanha e Mikko Tuomi da Universidade de Hertfordshire, Reino Unido, voltou a estudar o sistema.

Os pesquisadores encontraram evidências da existência de até sete planetas em torno da estrela, orbitando a terceira estrela mais tênue do sistema estelar triplo.

Os outros dois sóis seriam visíveis como um par de estrelas muito brilhantes durante o dia e durante a noite dariam tanta luz como a Lua Cheia.

Os novos planetas descobertos preenchem por completo a zona habitável de Gliese 667C, uma vez que não existem mais órbitas estáveis onde um planeta poderia existir à distância certa.

“Sabíamos, a partir de estudos anteriores, que esta estrela tinha três planetas e por isso queríamos descobrir se haveria mais algum”, diz Tuomi. “Ao juntar algumas observações novas e analisando outra vez dados já existentes, conseguimos confirmar a existência desses três e descobrir mais alguns. Encontrar três planetas de pequena massa na zona habitável de uma estrela é algo muito animador!”.

Três destes planetas são super-Terras - planetas com mais massa do que a Terra mas com menos massa do que Urano ou Netuno - que se encontram na zona habitável da estrela, uma fina concha em torno da estrela onde a água líquida pode estar presente, se estiverem reunidas as condições certas.

De acordo com o ESO, esta é a primeira vez que três planetas deste tipo são descobertos nesta zona em um mesmo sistema.

Fonte: Terra

terça-feira, 25 de junho de 2013

Relatividade, física quântica ou algo além: quem governa o universo?

De um lado a relatividade geral, elaborada por Albert Einstein no começo do século passado, que tem funcionado de modo perfeito até agora. Todas as diversas observações parecem apoiar essa é que considerada como a mais bem elaborada teoria de todos os tempos.
Influências Escondidas
De outro lado, a mecânica quântica – a física das probabilidades (e esquisitices) -, que reina no mundo subatômico. Invisível aos nossos olhos, as bizarras leis dessa física elaborada em meados do século passado por diversos pesquisadores, inclusive Einstein, também tem funcionado precisamente até o momento.
Mas há um detalhe. As duas principais teorias já criadas são totalmente incompatíveis entre si. Quando os físicos tentam combiná-la, os resultados são catastróficos. A melhor tentativa até agora foi a Teoria M, sucessora da Teoria das Cordas. No entanto, esses modelos preveem situações não muito convencionais, como 10 ou 11 dimensões e a existência de universos paralelos. Dada a impossibilidade de se provar tal teoria e a inexistência de observações que a apoiem, ela não é muito aceita pela maioria dos pesquisadores.
Mas então, quem governa o universo? A relatividade ou a mecânica quântica? Será que existe algo além disso tudo? Os cientistas estão se vendo uma situação muito complicada. Deverão fazer uma escolha para descrever definitivamente o comportamento e a real natureza do nosso universo.
Os pesquisadores propuseram um experimento radical, no qual se o seu resultado for o número 7, são as leis da relatividade que governam o universo. Ou seja, todas as coisas no universo se movem suavemente, e a velocidade da luz é o limite máximo que algo pode atingir. Em suma, o universo é como nós o observamos em larga escala.
Contudo, se o resultado for superior (precisamente 7,3), é a física quântica que governa o universo. E então todas as suas leis valeriam para o mundo que podemos observar. Velocidades infinitas deixarão de ser surreais, e o universo inteiro estará conectado. Físicos e filósofos deverão se reunir para traçar parâmetros para um novo modo de entender o universo.
Mas será que pode haver algo ainda mais fundamental por trás de tudo isso?
A equipe de pesquisadores liderada por Jean-Daniel Bancal cogitou que não somente existe uma teoria mais fundamental por trás da compreensão total do universo, mas também uma nova realidade, por “debaixo” da realidade do nosso universo.
É óbvio que eles estão torcendo pela teoria mais “simples” – a relatividade. Afinal de contas, o universo será como ele é, apenas a teoria deverá ser complementada para explicar novas coisas. Um universo explicado pela mecânica quântica soa como irreal, longe de nossa compreensão.
Mas se a mecânica quântica for a vencedora? O que isso significará para a ciência?
A primeira possibilidade é descartar a teoria da relatividade, assumindo que é possível viajar mais rápido que a luz. Mas como já dissemos, a teoria de Einstein é muito bem-sucedida, e é preciso muita coragem por parte dos pesquisadores para confrontá-la. Ou seja, essa é a possibilidade mais radical.
A segunda possibilidade é presumir a existência de algum processo “além” do nosso universo, que afeta a realidade sobre o espaço-tempo. Isso é equivalente ao fenômeno conhecido como “entrelaçamento quântico“.
Entrelaçamento Quântico
Sabemos que quando duas partículas estão emaranhadas (entrelaçadas), tudo o que acontece com uma afeta instantaneamente sua parceira, não importa a distância que as separe. Mesmo se uma partícula estiver do outro lado do universo, e a outra na Terra, se mudarmos o estado de uma, a outra é imediatamente afetada.
Então, segundo essa possibilidade, vivemos um universo não-local, onde cada pedaço seu está conectado a qualquer outro pedaço, em qualquer lugar. Considere como a Terra sendo a partícula A, e um quasar a 11 bilhões de anos-luz de distância uma partícula B. Essas duas partículas estão conectadas, e o que acontece com uma, afeta a outra instantaneamente, desde que estejam entrelaçadas. Em outras palavras, não existe distância entre dois pontos em universo não-local.
Essa opção também é muito radical, pois desafia nossa compreensão sobre o universo, mas é menos radical do que aceitar que a velocidade da luz pode ser ultrapassada.
“Nosso resultado dá peso à ideia de que as correlações quânticas surgem, de alguma forma, de fora do nosso espaço-tempo, no sentido de que nenhuma história no espaço e no tempo conseguiria descrevê-las,” disse Nicolas Gisin, da Universidade de Genebra, na Suíça, membro da equipe de pesquisadores que se propôs a desempatar a relatividade e a mecânica quântica.
Como é possível explicar o emaranhamento quântico?
O entrelaçamento quântico não é uma teoria – é um fato, já sendo demonstrado em diversos experimentos práticos, como na montagem dos computadores quânticos. Mas como uma partícula pode afetar a outra, levando em consideração a instantaneidade que isso acontece?
Agora, mais duas hipóteses:
A primeira delas consiste em um processo desconhecido que é responsável pelas partículas “saberem” quando serão alteradas. É uma possibilidade muito rejeitada pelos físicos.
A segundo hipótese afirma que as duas partículas trocam um sinal, ordenando a alteração de estado. Esse sinal carrega uma informação, que será usada pela segunda partícula em resposta a alteração da primeira. Mas como você já deve ter percebido, temos um grave paradoxo aí.
Se a partícula A pode afetar a B do outro lado do universo, esse sinal demoraria bilhões de anos para chegar até o seu destino, ou seja, a velocidade do sinal deveria ser infinitamente mais veloz que a da luz, o que viola a relatividade.
Os pesquisadores cogitaram que o sinal não é uma informação, mas sim uma influência escondida, que não viola a relatividade. Essa influência consiste em um sistema com quatro partículas quânticas emaranhadas, que estão conectadas por influências extremamente fantasmagóricas, que vem de fora do nosso espaço-tempo.
Vale frisar que o próprio Einstein chamou esse fenômeno de ação fantasmagórica a distância. Estaria ele certo mais uma vez?
Brincadeiras a parte, os pesquisadores pretender realizar logo esse experimento.

Uma evidência de que nosso universo se colidiu com outro universo

 
 
 

Esta é uma das várias imagens da radiação cósmica de fundo produzida pelo telescópios espaciais. Isso mostra como nosso universo era pouco depois de nascer.
Se o nosso universo se chocou com um um vizinho durante um surto de crescimento em seu primeiro segundo, a colisão teria deixado uma marca.
A imagem, lançada por astrônomos em março, confirmou o que uma imagem anteriormente havia sugerido: a assimetria entre as duas metades do cosmo, algo que não deveria existir.
Com poucas pistas sobre o que aconteceu nos primeiros momentos do universo, o físico Matthew Kleban, da Universidade de Nova York, está entre as dezenas de cosmólogos teóricos tentando formar uma história da origem cósmica com uma nova evidência.
“Quando há uma colisão, há uma espécie de onda de choque que se propaga em nosso universo”, disse Kleban. Essa onda de choque – se isso é o que a imagem mostra – seria uma evidência em favor da hipótese do multiverso, uma conhecida teoria de que o nosso é um dos infinitos universos que borbulham em um multiverso. [5 razões que indicam que vivemos em um Multiverso / A vida é um acaso? Não, segundo a tese do multiverso]
A maioria dos cosmólogos são rápidos em admitir que podem estar seguindo uma pista falsa.
“Este é um jogo de alto risco”, disse Marc Kamionkowski, professor de física e astronomia da Universidade Johns Hopkins, que propôs vários novos modelos para explicar a assimetria entre as duas metades do universo. “Nós realmente gostaríamos de saber mais sobre como nosso universo surgiu, mas a natureza não nos deixou muitas pistas.”
A assimetria “pode ser um acaso estatístico”, segundo Kamionkowski, ou “realmente pode ser a ponta do iceberg.”

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Os velozes ventos de Vênus estão ficando mais rápidos
O registro mais detalhado do movimento de nuvens na atmosfera de Vênus, obtido pela sonda Venus Express, da ESA, revelou que os ventos do planeta têm ficado cada vez mais rápidos ao longo dos últimos seis anos.
O aumento na velocidade dos ventos em Vênus. Créditos: Khatuntsev et al; imagem de fundo, ESA
Vênus é bem conhecido pela curiosa super-rotação da sua atmosfera, que chicoteia em torno do planeta a cada quatro dias terrestres. Isto contrasta com a rotação do próprio planeta - a duração do dia venusiano - que demora uns laboriosos 243 dias terrestres.

Ao seguir os movimentos de características distintas no topo das nuvens, cerca de 70 km por cima da superfície do planeta e ao longo de um período de 10 anos venusianos (6 anos terrestres), os cientistas foram capazes de monitorizar padrões a longo termo nas velocidades globais dos ventos.


Quando a Venus Express chegou ao planeta em 2006, a velocidade média dos ventos no topo das nuvens a latitudes de 50º dos dois lados do equador rondava os 300 km/h. Os resultados de dois estudos separados revelaram que estes ventos já extremamente rápidos estão a tornar-se ainda mais velozes, subindo para 400 km/h ao longo da missão.


"Este é um enorme aumento nas velocidades já elevadas dos ventos na atmosfera. Esta grande variação nunca foi antes observada em Vênus, e não compreendemos ainda porque é que ocorreu," afirma Igor Khatuntsev do Instituto de Pesquisas Espaciais em Moscovo e autor principal do artigo russo a ser publicado na revista Icarus.


A equipe do Dr. Khatuntsev determinou as velocidades dos ventos ao medir como as características das nuvens se moviam entre imagens: mais de 45.000 características foram minuciosamente seguidas à mão e mais de 350.000 outras características foram seguidas automaticamente usando um programa de computador.


Num estudo complementar, uma equipe japonesa usou o seu próprio método automatizado de monitorização de nuvens para derivar os seus movimentos: os seus resultados serão publicados na revista Journal of Geophysical Research.


No entanto, acrescentando este aumento a longo prazo na velocidade média do vento, ambos os estudos também revelaram variações regulares ligadas com a hora local do dia, com a altitude do Sol por cima do horizonte e com o período de rotação de Vênus.


Uma oscilação normal ocorre aproximadamente a cada 4,8 dias perto do equador e pensa-se que esteja ligada com ondas atmosféricas a altitudes mais baixas.


Mas a pesquisa também revelou algumas curiosidades mais difíceis de explicar.


"A nossa análise dos movimentos das nuvens a baixas altitudes no hemisfério sul mostrou que durante os seis anos de estudo, a velocidade dos ventos mudou até 70 km/h ao longo de uma escala de tempo de 255 dias terrestres - um pouco mais de um ano em Vênus," afirma Toru Kouyama do Instituto de Pesquisas Tecnológicas em Ibaraki, Japão.


As duas equipes também viram variações dramáticas na velocidade média do vento entre órbitas consecutivas da Venus Express em redor do planeta.


Em alguns casos, as velocidades dos ventos a baixas altitudes variaram de tal forma que as nuvens completaram uma viagem em torno do planeta em 3,9 dias, enquanto em outras ocasiões levaram 5,3 dias.


Os cientistas atualmente não têm explicação para qualquer destas variações, ou para o aumento global a longo prazo nas velocidades dos ventos.


"Embora não haja evidências claras de que as velocidades médias globais dos ventos têm aumentado, são necessárias mais investigações a fim de explicar o que impulsiona os padrões de circulação atmosféricas e para explicar as mudanças observadas em áreas localizadas e em prazos mais curtos," afirma Håkan Svedhem, cientista do projeto Venus Express da ESA.


"A super-rotação atmosférica de Vênus é um dos grandes mistérios por explicar do Sistema Solar. Estes resultados só acrescentam mais mistério, à medida que a Venus Express continua a surpreender-nos com as suas observações deste planeta dinâmico e em mudança."
Nasa divulga imagem de interação entre galáxias
A agência espacial americana divulgou uma imagem capturada pelo telescópio espacial Hubble que mostra a interação entre duas galáxias. As dupla, conhecida como Arp 142, é formada pelas galáxias NGC 2936 e pela NGC 2937 e fica na constelação de Hydra.

A galáxia que lembra o formato de um pássaro era originalmente uma galáxia em espiral comum, mas ganhou esse formato por causa da interação com a galáxia que está ao lado.
Fenômeno da Superlua é visto no Brasil e no mundo
O fenômeno que marcou o encontro mais próximo da Terra com a Lua neste ano de 2013 aconteceu na noite desse domingo e pôde ser visto em diversas cidades pelo Brasil e pelo mundo. O satélite natural, que em situações como esta fica maior e mais brilhante, iluminou o céu e foi registrado por muitas pessoas.

A Superlua iluminou o céu de Porto Alegre, capital gaúcha. Foto: Carla Guimarães
Conhecido popularmente como Superlua, o fenômeno ocorre aproximadamente uma vez por ano e é cientificamente conhecido como "lua perigeu" – quando o satélite atinge a menor distância em relação à Terra.

Nesse domingo, o perigeu ocorreu no início da manhã às 7h32 (horário de Brasília) quando a Lua chegou a 356.991 quilômetros de distância da Terra. Ela estava 14% maior e 30% mais brilhante que as outras luas cheias de 2013. A última Lua perigeu aconteceu no dia 5 de maio de 2012.

De acordo com a Nasa, o próximo encontro do tipo deve ocorrer só em agosto de 2014. Já o “apogeu”, quando o satélite estará em seu ponto mais distante da Terra – a 406.490 quilômetros de distância – deve ocorrer no dia 9 de julho.


Processos das estrelas.

domingo, 23 de junho de 2013


 
 
 
"Estouro" De Um Buraco Negro Da Galáxia Centaurus A.

Esta imagem de 'Centaurus A' mostra uma nova visão espetacular do poder de um buraco negro supermassivo. Os jatos e lóbulos alimentados pelo buraco negro centrar desta galáxia vizinha são mostrados pelos dados submilimétricos (cor laranja) do telescópio Atacama Pathfinder Experiment (APEX) no Chile e dados de raios-X (cor azul) do Observatório de Raios-X Chandra. Os dados de luzes visíveis do instrumento Wide Field Imager no telescópio Max-Planck/ESO de 2,2 m, também localizado no Chile, mostra a faixa de poeira na galáxia e as estrelas de fundo. O jato de raios-X no canto superior esquerdo se estende por cerca de 13.000 anos-luz de distância do buraco negro. Os dados da APEX mostram que o material no jato se desloca a cerca da metade da velocidade da luz.

sábado, 22 de junho de 2013



Cas A: Optical e raio-X

As consequências de um cataclismo cósmico, remanescente de supernova Cassiopeia A (Cas A) é um confortável 11 mil anos-luz de distância. A luz do Cas A supernova, a explosão da morte de uma estrela massiva, chegou a primeira Terra, apenas a 330 anos atrás. Ainda em expansão, nuvem de detritos da explosão abrange 15 anos-luz Acerca perto do centro da imagem composta. A cena colorida combinar dados do campo estrelado e filamentos mais tênues de materiais em energias ópticas com dados da imagem do telescópio orbital NuSTAR de raios-X. Mapeadas para cores falsas, os dados de raios-X em tons de azul traçar o limite exterior fragmentado da onda de choque se expandindo, brilhando em energias até 10.000 vezes a energia dos fótons ópticos. (Crédito da Imagem: Raio X - NASA, JPL-Caltech, NUSTAR, Optical - Ken Crawford (Rancho Del Sol

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Como seria se a Terra tivesse dois sóis ?

Se lembra do planeta Tatooine, do filme Guerra nas Estrelas? Um planeta muito semelhante com ele, que gira ao redor de dois sóis, foi descoberto pela missão Kepler, da NASA. O mundo estranho se chama Kepler-16b.

Afinal, como funciona um planeta assim? E se a Terra também tivesse dois sóis, em vez de um, como seria? O astrofísico Alan Boss, membro da equipe que descobriu o Kepler-16b, explica.

Primeiramente, o Kepler-16b é muito gelado. Sim, mesmo com dois sóis. Embora ele esteja mais perto de suas estrelas do que a Terra é do sol, essas estrelas não são tão brilhantes. Por isso, a estimativa é que o planeta tenha entre -101 e -73 graus Celsius.
A Terra seria ainda mais fria sob essas mesmas circunstâncias estelares. “Se o nosso sol fosse substituído por essas estrelas, a Terra seria ainda mais fria do que -101 graus Celsius, porque estamos mais longe do que este planeta parecido com Tatooine”, diz Boss.

Em um ambiente tão gelado como esse, toda a água da Terra congelaria, e dificilmente existiria vida por aqui. A Terra sob dois sóis não seria um planeta habitável – a menos que existisse uma forma de vida avançada, que tivesse se originado em outro lugar, e que pudesse se manter aquecida.

Orbitando essas duas estrelas, o ano da Terra teria mais de 365 dias, mas não muito além disso. “Uma estrela no sistema binário de Kepler tem 20% da massa do sol, e outra 70%. Juntas, suas massas só diferem do nosso sol em 10%. Isso tornaria o ano na Terra um pouco mais longo, porque a gravidade das estrelas que nos puxariam seria menor, por isso haveria menos força centrífuga e orbitaríamos mais lentamente”, explica Boss. Já a duração de um dia em nosso planeta não mudaria, necessariamente.

Talvez o melhor aspecto de um planeta com dois sóis seria a vista. Já pensou em um pôr-do-sol duplo, todos os dias? Não seria tão fenomenal quanto no planeta fictício Tatooine, pois em Kepler-16b as duas estrelas são menores. Mas ainda sim deve ser algo fantástico: imagine duas estrelas de cores diferentes juntas, mas sem se tocar.

É, as imagens de Guerra nas Estrelas não são assim tão irreais.

Fonte:[Life'sLittleMysteries]

quinta-feira, 20 de junho de 2013

''Um gigante'' O Aglomerado de galáxias que possui 800 trilhões de sóis!

O maior aglomerado de galáxias já visto até hoje, a uma distância de 7 bilhões de anos-luz da Terra. Esse aglomerado, chamado de SPT-CL J0546-5345, suportaria cerca de 800 trilhões de sóis e centenas de galáxias.

Segundo os cientistas, aglomerados de galáxias como este podem ser usados para estudar como a matéria escura e a energia escura influenciaram o crescimento das estruturas cósmicas. Há muito tempo atrás, o universo era menor e mais compacto e a gravidade tinha maior influência.

Assim, era mais fácil para os aglomerados de galáxias crescerem, sobretudo em áreas em que eram mais densos do que os seus arredores. Conforme o universo se expandiu a um ritmo acelerado, devido à energia escura, cresceu mais difuso. A energia escura agora domina a força da gravidade e impede a formação de novos aglomerados de galáxias.

O aglomerado descoberto está entre os aglomerados mais maciços encontrados a esta distância. Localizado no sul da constelação de Pictor (O pintor), a distância de cerca de 7 bilhões de anos-luz significa que os seres humanos podem ver o aglomerado da forma como ele se parecia 7 bilhões de anos atrás, quando o universo tinha praticamente a metade da idade que tem agora, e o nosso sistema solar ainda não existia.

Mesmo nessa idade, esse aglomerado era tão grande quanto o aglomerado de Coma, nas proximidades. Desde então, ele deve ter crescido cerca de quatro vezes. Se pudéssemos vê-lo como ele se apresenta hoje, seria um dos aglomerados mais massivos do universo.

Segundo os cientistas, esse aglomerado está cheio de galáxias “velhas”, o que significa que nasceu cedo na história do universo, nos primeiros dois bilhões de anos.

O objetivo principal da pesquisa é encontrar uma grande amostra de aglomerados de galáxias maciças a fim de medir a equação de estado da energia escura, o que caracteriza a inflação cósmica e a expansão acelerada do universo.

Outros objetivos incluem compreender a evolução do gás quente dentro dos aglomerados de galáxias, estudar a evolução das galáxias massivas nos aglomerados, e identificar galáxias distantes formadoras de estrelas.


O nosso universo se parece com o que ?

Com o que o nosso universo parece? Essa representação mostra aproximadamente 50 mil galáxias no universo próximo, detectadas por dois telescópios de luzes infravermelhas.

O resultado é a imagem de um “globo” de galáxias que indica como o universo foi formado e está evoluindo. A faixa mais escura que atravessa o meio da imagem está bloqueada por poeira bem no plano da nossa Via Láctea. Distante do plano “láctico”, no entanto, cada ponto representa uma galáxia, em cores que indicam distância. Os pontos mais azulados mostram distâncias mais próximas, enquanto nos vermelhos, as distâncias são maiores.

Os nomes de algumas galáxias aparecem nos cantos. Muitas galáxias estão ligadas entre si por forças gravitacionais, formando aglomerados.

Fonte:[NASA]

quarta-feira, 19 de junho de 2013

 
 
 
 Física quântica explica vida após a morte

Renomado professor de física da Universidade de Oregon e pesquisador do Institute of Noetic Sciences, o indiano Amit Goswami mostra a seguir por que a reencarnação é um fenômeno que merece ser investigado pela ciência. Para sustentar a sua tese, ele reúne dados que indicam a sobrevivência da nossa consciência depois da morte e os explica à luz da física quântica.

Para a mentalidade moderna, a reencarnação parece um tanto absurda. Sob implacável pressão da ciência materialista, nós nos identificamos quase totalmente com o corpo físico, de modo que a idéia de que uma parte de nós sobrevive à morte do corpo físico é difícil de engolir. Ainda mais difícil é imaginar um renascimento dessa parte num novo corpo físico. A imagem de uma alma deixando o corpo que morre e entrando num feto prestes a nascer parece particularmente incômoda, porque pressupõe uma alma existindo independentemente do corpo. E nós tentamos com tanto afinco erradicar o dualismo de nossa visão de mundo!

A mônada quântica sobrevivente, de acordo com o nosso modelo, conserva a memória quântica dos padrões de hábito e das propensões das vidas passadas. E existem amplos dados em apoio à idéia de que as propensões sem dúvida sobrevivem e reencarnam. No entanto, todas as narrativas que acumulamos durante a nossa existência, toda a nossa história pessoal, morrem, de modo geral, com o corpo físico, com o cérebro; essas histórias não são transportadas pelas mônadas quânticas. Mesmo assim, existem dados que mostram que algumas pessoas, especialmente crianças, são capazes de lembrar-se de histórias de vidas passadas, freqüentemente com um nível de detalhe surpreendente. Qual é a explicação para essa memória reencarnacional? A não-localidade quântica através do tempo e do espaço esclareceria isso.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Nasa diz ter identificado 'reservatório' de combustível de estrelas

 

'Piscinas' de gás hidrogênio foram descobertas na Via Láctea.
Estudo foi realizado utilizando dados do telescópio Herschel.

 Uma ilustração divulgada pela agência espacial americana (Nasa) nesta segunda-feira (17) mostra um "reservatório" de combustível de estrelas descoberto pelo telescópio Herschel, detalhado na cor vermelha, na imagem. As estrelas são formadas a partir de grandes quantidades de moléculas de hidrogênio gasosas. Para localizar estas "reservas", chamadas pelos astrônomos de "piscinas", eles procuraram monóxido de carbono (CO) no espaço por um grande período de tempo. Na ilustração, a região em laranja mostra a localização das moléculas de hidrogênio e em vermelho, aparece um "reservatório" adicional, segundo a agência de notícias AFP.

segunda-feira, 3 de junho de 2013



Qual a diferença entre astronomia, astrofísica e cosmologia?]

Quando lemos um artigo a respeito do espaço, podemos não dar muita atenção ao cientista que expôs as ideias citadas. Teria sido um astrônomo, um astrofísico ou um cosmólogo? Sim, existem estes três tipos distintos de profissional, já que se tratam de três campos de conhecimento diferentes. Nem sempre fica claro, na literatura científic
a, o que está sob o domínio de cada campo, mas a atividade de cada um deles é muito bem especificada.
A cosmologia é considerada uma área de estudos mais abrangente. A palavra é a junção de “cosmo” (relativo ao universo, ao mundo, a tudo que existe) e “logia” (estudo). Ela estuda a origem, a estrutura e a evolução do universo, seu passado e seu futuro. Está preocupada com a linha do tempo do universo como um todo.

A astronomia é voltada não ao mecanismo geral do universo, mas aos seus funcionamentos específicos: ela estuda os corpos celestes (desde cada planeta, meteorito ou até uma galáxia inteira) e, principalmente, seus fenômenos. Está ligada a movimentações no espaço, às relações entre os componentes do cosmo. A astronomia se ocupa da previsibilidade de eventos espaciais.


A astrofísica, por fim, tem como objeto de estudo o mesmo que a astronomia (ou seja, corpos celestes e fenômenos), mas sob a ótica específica da física. Apoiado em diversas áreas do conhecimento físico, tais como a física nuclear e a mecânica quântica, o astrofísico se aprofunda em estudos que fogem da alçada do astrônomo, e vice-versa. Há estudos mais generalistas da astronomia que não fazem parte da rotina de pesquisa de um astrofísico.


Relações entre os três campos


É óbvio que estas três áreas se comunicam intensamente entre si. Boa parte dos cientistas considera a astronomia e a astrofísica como campos de conhecimento dentro da cosmologia. Esta classificação é baseada de forma “material”: a cosmologia estuda o “todo”, a astronomia e a astrofísica estudam coisas dentro deste “todo”. Alguns pesquisadores contestam tal divisão, afirmando que a cosmologia e a astrofísica é que são subcampos da astronomia.

O maior exemplo desta cooperação é um dos grandes enigmas que ocupam a ciência espacial atualmente: a busca da explicação do surgimento do universo a partir das experiências no Grande Colisor de Hádrons, ou LHC (o famoso colisor de partículas em funcionamento na Europa).

As teorias surgidas destas experiências são quase totalmente embasadas na astrofísica (tais como os conceitos de antimatéria e o bóson de Higgs), e a formulação de tais teorias é a aplicação de conhecimentos astronômicos. Mas o que as teorias pretendem responder, no fim das contas, são dúvidas fundamentais da cosmologia, já que tratam do todo. Dessa forma, cada uma das ciências colabora com as outras duas.

Este vídeo demonstra, de forma simples, o que é a cosmologia e como a astronomia e a astrofísica a constroem.