quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Einstein certo de novo? Novo estudo apoia ideia da constante cosmológica

m novo estudo que envolve uma das constantes fundamentais do universo coloca dúvidas na teoria da energia escura, segundo os cientistas.
Aglomerado de galáxias
Energia escura é o nome dado à misteriosa e hipotética força responsável pela aceleração da expansão do universo. Uma teoria que prevê que uma entidade imutável que permeia o espaço chamada de constante cosmológica, originalmente sugerida por Albert Einstein, está por trás da energia escura. Mas uma alternativa, denominada campos escalares, sugere que o que está causando a energia escura não é uma constante, mas uma variável – que muda com o tempo.
Se isso fosse verdade, porém, os valores de outras constantes também seriam mutáveis. E uma nova medição de uma constante, a proporção entre a massa do próton e a do elétron, mostra que esta constante permaneceu notavelmente estável ao longo do tempo.
Os prótons e elétrons são duas partículas fundamentais que formam os átomos que por sua vez formam toda a matéria “comum” no universo, desde as pessoas até os planetas e estrelas. Recentemente, uma equipe de astrônomos usou o radiotelescópio alemão Effelsberg para observar moléculas de álcool em uma galáxia distante, e descobriram que os prótons e átomos dessas moléculas possuem a mesma massa dos que compõem as coisas na Terra.
A galáxia estudada está a 7 bilhões de anos-luz de distância, portanto sua luz demorou 7 bilhões de anos para viajar para a Terra. Logo, estamos vendo como ela era a 7 bilhões de anos atrás. As observações sugerem que esta constante fundamental manteve-se praticamente inalterada ao longo dos últimos 7 bilhões de anos.
Com base nessas observações, o astrônomo Rodger Thompson, da Universidade do Arizona (EUA), calculou a mudança da relação da massa do próton/elétron ao longo do tempo, e se a teoria dos campos escalares é verdadeira.
Esse resultado apoia a ideia da constante cosmológica de Einstein.
“Basicamente, a descoberta diz que as teorias que contrariam Einstein estão ficando sem espaço”, disse Thompson, em uma conferência onde apresentou seu trabalho”. Isso coloca algumas sérias restrições sobre a teoria dos campos escalares.
No entanto, a teoria da constante cosmológica não é a ideal. O valor esperado na constante, com base na física conhecida, é um número maior do que 1 seguido de 60 zeros, algo muito grande para explicar o universo como o vemos.
As novas descobertas não colocam os pregos no caixão dos campos escalares, tampouco da energia escura, contudo.
“Os campos escalares não estão mortos”, disse Thompson. “Eles talvez sejam mais complexos do que os modelos originais previram.
O estudo é o segundo em cerca de uma semana que apoia as ideias de Einstein. Outra pesquisa ofereceu apoio a ideia de que o espaço-tempo é suave, e não é espumoso, como o previsto por algumas ideias da mecânica quântica.


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