quarta-feira, 3 de abril de 2013

Cientistas encontram no espaço sinais do que pode ser matéria escura

Cientistas disseram nesta quarta-feira (3) que podem ter identificado sinais de matéria escura no espaço, substância misteriosa que não interage com a luz e que pode formar mais de um quarto do universo, mas cuja constituição não é efetivamente conhecida. O anúncio foi feito em um seminário no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), localizado em Genebra, na Suíça.

A equipe de pesquisadores ressaltou ter registrado o que parecem ser traços físicos da matéria escura, com um nível de detalhe inédito, ao estudar radiação de pósitrons (o equivalente a um elétron, mas carregado positivamente) identificados na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) nos últimos 18 meses.

O experimento que pode dar as primeiras evidências da matéria escura foi realizado com a ajuda do Espectrômetro Alfa Magnético (AMS, na sigla em inglês) a bordo da estação espacial. O equipamento, um grande detector de partículas apelidado de "LHC espacial" pelos cientistas do Cern, têm procurado evidências indiretas da substância misteriosa e custou US$ 2 bilhões.

O AMS identificou uma quantidade razoável de pósitrons (partículas semelhantes a elétrons, mas com carga positiva) que podem ter surgido do decaimento da matéria escura, dizem os pesquisadores. Os dados podem nos prover uma descoberta muito empolgante no futuro", disse Michael Salamon, gerente do programa científico da AMS no Departamento de Energia dos EUA, em entrevista coletiva na tarde desta quarta, em Wahsington.

"Nos próximos meses, o AMS vai poder nos dizer de forma conclusiva se estes pósitrons são um sinal da matéria escura ou se têm outra origem", afirmou Samuel Ting, diretor do projeto que construiu o detector de partículas, durante o seminário.
Por não interagir com a luz, a matéria escura é invisível. Sua existência se supõe pela força gravitacional que aparentemente exerce em planetas e estrelas.

Fonte: G1

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